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Pedro Andrade

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Pedro Andrade

Pedro Andrade

1979 - Rio de Janeiro, RJ | Brasil

Vive e trabalha em Nova York, EUA.

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Pedro mudou-se para os Estados Unidos no final da década de 90. Iniciou sua carreira no exterior em 1998 nas emissoras americanas NBC, ABC, e Fusion, e nas brasileiras Globo, GNT e Globonews. Atualmente está na Vice e Hulu, nos EUA, e na terceira temporada de seu programa “Entre Mundos”, exibido pela CNN Brasil.

Sua série documental “Unknown Amazon” (2021), com sete episódios, distribuída nos EUA, lhe valeu o EMA (Environmental Media Award) de melhor apresentador na categoria ambiental, e também o Royal Television Award. Em 2013 lançou o livro “O Melhor Guia de Nova York”, que ganhou em 2019 edição atualizada e expandida.

Em 2022, Pedro Andrade realizou a exposição - "Em outro Lugar" - sua primeira individual na Galeria Anita Schwartz.

  • Outro Lugar Bianca Bernardo

    A exposição Outro Lugar apresenta o olhar sensível do jornalista e fotógrafo Pedro Andrade, através de um conjunto de fotografias em preto e branco, que foram silenciosamente realizadas ao longo dos últimos vinte anos, e agora são compartilhadas com o público na Anita Schwartz Galeria de Arte.

    O gênero da fotografia documental, no qual as imagens de Pedro Andrade se localizam, surgiu em paralelo com fotojornalismo no final do século XIX e consolidou-se a partir dos anos de 1930. Através de princípios como verossimilhança e objetividade, a primeira geração buscou construir, majoritariamente, relatos fotográficos como ferramenta social e denúncia política. Com o desenvolvimento do gênero e a evolução das tecnologias, surgem vertentes que caminham para as fronteiras cada vez mais nubladas entre a ficção e a realidade. A produção documental contemporânea atribui um lugar de subjetividade e de mediação, abrindo espaço para que as narrativas fotográficas recebam múltiplas leituras.

    Em seu processo artístico, Pedro Andrade utiliza o fotodocumentarismo para promover imagens que surgem do mergulho em universos particulares. O conjunto de imagens apresentadas na exposição documentam diferentes comunidades do Sul Global que, resistem, protegem e cuidam de suas tradições e cosmogonias secularmente. Os registros oferecem aos visitantes uma quebra dos paradigmas capitalistas, que forçam, por meio de estratégias como o colonialismo e a globalização, a subalternidade dessas culturas aos seus valores hegemônicos e de monocultura de pensamento.

    Ao olhar para as fotografias de Pedro Andrade, somos convidados à travessia, como se cada imagem fosse o espelho de Alice, e no reflexo de nossa própria imagem, algo nos convida ao outro lado. A viagem é a travessia em si. Sabemos que não há como voltarmos no instante da presença do registro, tampouco nos conformamos em manter distância desse real. O paradoxo oferecido pelo ato fotográfico enaltece a potência de uma certa “aparição”, uma presença da ausência que nos possibilita ver o que não poderia ser visto: o encontro fortuito e único com o mínimo flagrante de vida.

    As obras de Pedro Andrade são concebidas dentro de um jogo estético, no qual cada imagem invoca o ato de sua concepção. A poética do artista faz casa no campo dos agenciamentos e das mobilidades de perspectivas; das histórias que o fotógrafo, como narrador, desejou um dia contar, para a revelação e descobertas de novas relações entre o olhar, a memória, a visibilidade e o pensamento crítico.

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