Fábio Miguez e Wagner Malta Tavares
Fábio Miguez, que nasceu em 1962 em São Paulo, e integrou nos anos 1980 o grupo Casa 7, é artista atuante no panorama contemporâneo, tendo participado em 1986 da 2ª Bienal de la Habana, Cuba, das edições de 1989 e 1994 da Bienal Internacional de São Paulo, e da 5a Bienal do Mercosul em 2005. Em 2003, ganhou uma retrospectiva na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Seu trabalho foi visto nos últimos anos, em São Paulo, em mostras no MAM, na Pinacoteca do Estado, no Museu de Arte Contemporânea da usp, no Museu da Arte Brasileira da faap e na mostra “80/90 Modernos, Pós-modernos etc”, no Instituto Tomie Ohtake, dentre outras. No mesmo ano, participou da mostra “Coleção Gilberto Chateaubriand”, no MAM Rio. Em 2002, participou da exposição “Caminhos do contemporâneo 1952-2002”, no Paço Imperial, Rio de Janeiro.
Wagner Malta Tavares nasceu em São Paulo em 1964, e graduou-se em Comunicação Social pela FAAP em 1990. Em 1998 começou a desenvolver seu trabalho como artista plástico. Além de diversos cursos teóricos, sua formação se deu ao trabalhar como assistente e aluno de artistas como Laura Vinci e Nuno Ramos entre outros.
DE 05.Jun.2008 A 05.Jul.2008
Fábio Miguez
Fábio Miguez, que nasceu em 1962 em São Paulo, e integrou nos anos 1980 o grupo Casa 7, é artista atuante no panorama contemporâneo, tendo participado em 1986 da 2ª Bienal de la Habana, Cuba, das edições de 1989 e 1994 da Bienal Internacional de São Paulo, e da 5ª Bienal do Mercosul em 2005. Em 2003, ganhou uma retrospectiva na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Seu trabalho foi visto nos últimos anos, em São Paulo, em mostras no MAM, na Pinacoteca do Estado, no Museu de Arte Contemporânea da usp, no Museu da Arte Brasileira da faap e na mostra “80/90 Modernos, Pós-modernos etc”, no Instituto Tomie Ohtake, dentre outras. No mesmo ano, participou da mostra “Coleção Gilberto Chateaubriand”, no MAM Rio. Em 2002, participou da exposição “Caminhos do contemporâneo 1952-2002”, no Paço Imperial, Rio de Janeiro.
Nessa mostra ele expõe seis pinturas recentes em grande formato e dois objetos: “Ping-Pong”, que chega a oito metros, e “Onde Valise”, em formato menor. Nas pinturas, ele usa tinta a óleo e cera sobre tela, e nos dois outros trabalhos o mesmo material sobre madeira e vidro. Os três trabalhos estão interligados e são um desdobramento da pesquisa que iniciou em 2006.
Tanto “Ping-Pong” como “Onde Valise” são obras interativas em que o público poderá mexer, alterando sua forma.
Fábio Miguez ressalta que é “basicamente um pintor”. “Meu trabalho de pintura começou na década de 1980. Ele passou a ter desdobramentos espaciais há alguns anos”, conta. Ele acrescenta que em 2006, em uma exposição chamada “Onde”, criou “uma instalação propriamente dita, mas que tinha uma relação direta com meu trabalho de pintura”. “A pintura ocupava o espaço da galeria, e todas as relações ficavam em aberto. Daí o nome Onde. Este trabalho também provocou desdobramentos, como as valises, que eu exponho agora na Anita Schwartz”, diz.
“Ping-Pong” é uma reflexão sobre pintura, “um objeto, onde a pintura se desdobra no espaço”. É uma construção, onde uma peça entra dentro de outra, “uma pintura que se mexe”, diz o artista.
“Onde Valise” segue o mesmo processo, em escala menor.
Wagner Malta Tavares
O fio condutor do trabalho de Wagner Malta Tavares é a luz, utilizada como escultura, tanto na fotografia como no vídeo e no objeto. Uma mangueira de plástico transparente com luz, foi usada por uma criança como uma corda de pular. As fotografias resultantes mostram uma malha de luz, em diferentes formas, que ora libera ora aprisiona a menina que pula a corda. Dessa pesquisa surgiu a fotografia “Coluna”, que lembra a coluna vertebral de um animal, e “Laço” (2007/2008), uma caixa contendo um dvd e um encarte com 60 imagens.
A série “Beira” traz 5 fotos feitas à noite, em uma praia do litoral paulista. Em meio ao escuro, o artista manuseia um feixe verde de luz. As fotos feitas por Wagner Malta Tavares não têm manipulação digital ou em laboratório, e são um trabalho iniciado pelo artista ano passado. Anteriormente, a fotografia era utilizada apenas como registro de suas performances. Já a luz é elemento utilizado por ele desde 2005, em esculturas.
“Minha preocupação sempre foi escultórica, mesmo agora com a fotografia. E gosto de usar a luz porque revela interioridade. Busco tornar visíveis formas não perceptíveis do espaço. A luz revela uma expansão, um prolongamento da obra”. Ele acrescenta que a “revelação também tem uma conexão com a imaterialidade; há o propósito de tornar visível aspectos inerentes à condição humana”.
O tríptico “Paisagem” tem o mesmo tema do filme “O Barqueiro”. Um barco, do qual só vemos uma pequena luz, se aproxima de uma ilha, que tem apenas um ponto luminoso produzido por uma lanterna. Wagner Malta Tavares observa que esse trabalho se relaciona, em certo aspecto, ao mito de Caronte, o barqueiro que leva os mortos para o reino do Hades.
Completam a mostra duas esculturas intituladas “Anubis” - clara referência ao deus dos mortos dos egípcios. São feitas em ferro e pintadas com tinta automotiva e usam ventiladores em movimento de exaustão, o que faz com que as peças “respirem”. As medidas têm como ponto de partida medidas do corpo humano em repouso.
Participou de exposições individuais e coletivas no Brasil como Centro Universitário Maria Antonia, Centro Cultural SP, e Funarte (Prêmio Projéteis de Arte), no Rio. Em 2006, foi selecionado pela Fundação Iberê Camargo para ser artista residente na School of The Art Institute of Chicago. Lá realizou a intervenção urbana “Contact”, na Michigan Avenue, e apresentou “First Love”. Participou também de exposição na galeria móvel Rider Project.