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Antonio Manuel, Lenora de Barros, Paulo Vivacqua, Waltercio Caldas, Yolanda Freyre, Augusto de Campos, Cristiano Lenhardt, Rosana Palazyan KLANGFARBENMELODIE: melodia de timbres

O título da exposição faz referência à palavra alemã que nomeia a técnica musical inaugurada por Arnold Schoenberg em 1911, integrante do movimento da Segunda Escola de Viena; traduzida no Brasil no conceito da "melodia de timbres", pelo poeta concreto Augusto de Campos, quem desenvolveu Poetamenos, uma série de seis poemas plurilíngues e policromáticos publicados a partir de 1952-53.

 

DE 06.Set.2022 A 29.Out.2022

Leia o texto da Exposição

A palavra alemã que dá título à exposição diz respeito à uma técnica musical inaugurada por Arnold Schoenberg em 1911, integrante do movimento da Segunda Escola de Viena. Para Schoenberg, conceitos de cor e textura são adicionados para compor uma linha melódica. A ideia de uma "melodia de cores" inaugura um movimento aproximado ao pontilhismo da pintura moderna neoimpressionista, formando uma verdadeira nuvem musical.

No Brasil, Augusto de Campos visita o conceito da melodia de timbres e cria uma transcrição intersemiótica, desenvolvendo uma série de seis poemas plurilíngues e policromáticos publicados a partir de 1952. Estudiosos consideram essa série de poemas precursores do concretismo no Brasil, pois inaugura novas relações e procedimentos na construção e apresentação da poesia, propondo uma leitura de várias vozes e cores.

A publicação POETAMENOS de Augusto de Campos, que em 2023 completa 70 anos, é homenageada nessa exposição, e as tecnologias cognitivas invocadas pelo artista para a construção de suas estruturas gráficas e espaciais dialogam com os demais artistas, apresentando possibilidades de escrita, leitura e interpretação de obras plásticas como poemas.

A exposição apresenta obras de Augusto de Campos, Lenora de Barros, Waltercio Caldas, Antonio Manuel, Paulo Vivacqua, Cristiano Lenhardt, Rosana Palazyan e Yolanda Freyre. Os artistas pesquisam, em variadas formas, as poéticas da ressonância como lugar de encontro, seja na intimidade do próprio ser ou no desejo de encontro com o outro. As obras manifestam um espaço para que as vibrações, em suas múltiplas potências, possam acrescentar-se entre si, ecoando novas palavras, sentidos e sonoridades.

Waltercio Caldas
Paisagem EO.395 , 2007

Lenora de Barros
Só por es-tar , 2009

Antonio Manuel
Valores intrínsecos , 2009

Rosana Palazyan
Talinum fruticosum homo, Da série Minha coleção de Sementes Daninhas , 2022

Yolanda Freyre
Montanha com céu encoberto , 1983

Yolanda Freyre
E cada instante será único em minha vida , 1974

Cristiano Lenhardt
Pinturas afluentes , 2020