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Fernando Lindote inaugura a individual Quimera

Fernando Lindote inaugura a individual Quimera

Fernando Lindote inaugura a individual Quimera

A Anita Schwartz Galeria de Arte, na Gávea, inaugura no dia 16 de julho, às 19h, a exposição “Quimera”, de Fernando Lindote. Nascido no Rio Grande do Sul e radicado em Santa Catarina, o artista apresenta 12 pinturas inéditas produzidas em 2025 com variação de técnica, estilo, escala e densidade.

“Essa exposição tem uma diversidade grande de questões estilísticas e de técnicas. Em termos de concepção das formas e do tratamento, os trabalhos têm uma certa diferença entre si. Isso é uma característica da minha produção”, observa o artista.

Embora florestas, jardins, vasos e flores apareçam como um repertório visual recorrente — é o caso da série A cisão da superfície —, Lindote não trata a natureza como temática, mas como ponto de partida para refletir sobre o próprio ato de pintar. “Esses temas funcionam como um motivo pra mim. Através deles, estabeleço a relação das coisas que quero pensar e dizer sobre pintura”, revela. A partir dessa conexão figurativa, o artista propõe que o espectador vá além do tema e se detenha no fazer: nas pinceladas, na incidência da luz, nas cores e texturas.

Com trajetória artística de quase cinco décadas, reconhecida por diversas premiações no campo das artes plásticas, Fernando mergulha nesse gesto técnico e reflexivo a partir do estudo de diferentes períodos da história da arte, da filosofia e das formas de ver o mundo de cada época. Pesquisa materiais, pigmentos, vernizes e investiga como a tinta se comporta sobre a tela. A floresta, nesse contexto, torna-se metáfora e método: “uma grande pinacoteca”, como ele define poeticamente, em que inúmeras possibilidades de pintura estão guardadas.

Ao conceber as obras reunidas em “Quimera”, o artista pensou não apenas nas imagens, mas na forma como o público se relacionaria com elas no espaço da galeria. “Pensei essa relação do espectador com a distância dos trabalhos”, comenta. A mostra apresenta tanto telas que exigem distância para a percepção de suas camadas quanto obras menores, de leitura mais intimista. Essa variedade de escalas e intensidades cria um percurso visual dinâmico que exige presença, reforçando o entendimento do artista de que sua pintura “não se esgota na imagem e precisa ser vivida”.