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Arthur Omar

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Arthur Omar (Poços de Caldas, 1948)

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Arthur Omar é um artista brasileiro múltiplo, com presença de ponta em várias áreas da produção artística contemporânea.

 

Formado em antropologia e etnografia, Arthur Omar desenvolveu novos métodos de antropologia visual, tanto em seus filmes documentários epistemológicos dos anos 70 como em seus livros recentes sobre Carnaval e Amazônia, onde a busca científica se realiza através de uma intensificação estética do material. Trabalha com cinema, vídeo, fotografia instalações, música, poesia, desenho, além de ensaios e reflexões teóricas sobre o processo de criação e a natureza da imagem. Em todos os campos, Arthur Omar introduziu novas maneiras de pensar, e contribuições radicais a uma renovação das linguagens e das técnicas. Temas como o êxtase estético, a violência sensorial e social e a construção de metáforas visuais marcam toda sua obra, voltada para busca de uma nova iconografia da realidade brasileira. Documentário experimental, fotografia, video-arte, moda, filme de ficção, e vídeo-instalações, suas imagens migram e se transformam através dos meios, suportes, linguagens.

 

Em 2005, ano do Brasil na França, apresentou no Grand Palais a sala de abertura da exposição Brésil Indien, com fotografias de paisagens amazônicas. A revista semanal do Lê Monde de julho dedicou 10 páginas ao seu trabalho Antropologia da Face Gloriosa, grande sucesso nos Rencontres de la Photographie em Arles, no mesmo ano.

 

Em 1999, teve retrospectiva completa de sua obra em filme e vídeo no MOMA, Museu de Arte Moderna de Nova York, e em 2001 no CCBB do Rio e de São Paulo. Na Bienal de São Paulo de 97, apresentou a instalação fotográfica Antropologia da Face Gloriosa, painel com 99 fotografias preto e branco em grande formato, parte da um estudo do rosto e do êxtase fotográfico como dimensão transcendental, série hoje reconhecida como um clássico da fotografia brasileira.  Algumas dessas imagens vão dar origem à série colorida A Pele Mecânica.

 

Foi destaque na Bienal de São Paulo de 2002 com Viagem ao Afeganistão, conjunto de 30 fotografias em grandes dimensões compondo paisagens paradoxais e perspectivas impossíveis onde as imagens realizadas na zona de catástofre, entre Cabul e  Bamyan, desconstroem o olhar jornalístico, apontando para um realismo pós-contemporâneo.

 

Em 2001 foi premiado por duas exposições individuais pela Associação Paulista de Críticos de Arte: O Esplendor dos Contrários (Centro Cultural Banco do Brasil-SP), série de fotografias de paisagens amazônicas, em que  reinventa o espaço e a luz e trabalha com efeitos em 3D e a exposição Frações da Luz (Galeria Nara Roesler), série de caixas de luz em que explora a serialidade e a luminosidade “interna” de imagens vindas de diferentes suportes.         Sua produção contemporânea em vídeo traz uma linguagem extremamente sofisticada, com a criação de metáforas visuais e relações inusidadas entre imagens e sons (Atos do Diamante, Pânico Sutil, A Lógica do Êxtase e olonga-metragem em vídeo Sonhos e Histórias de Fantasmas, com desdobramentos no campo das videos-instalações, suporte para o qual desenvolveu uma linguagem própria de forte impacto sensorial e marcada pela imersão do espectador (Inferno, Fluxos).

 

Publicou os livros de fotografias Antropologia da Face Gloriosa, O Zen e a Arte Gloriosa da Fotografia, e O Esplendor dos Contrários. A Lógica do Êxtase é o livro de referência sobre sua obra em filme e vídeo. Participa de mostras de Arte dentro e fora do Brasil: Bienal de Valência 2000, Bienal do Mercosul 1999, Bienal de Havana em 2000, Babel-Museu de Arte Contemporânea da Coréia 2002, ARCO 2000 e 2003, Foto Arte Brasília 2003, e  LisboaPhoto 2003, onde ocupou a totalidade do Pavilhão de Portugal da Expo com uma grande retrospectiva de suas fotografias em preto e branco. Em setembro de 2003 mostra na Galeria Nara Roesler em São Paulo sua série explosivamente colorida de faces intitulada A Pele Mecânica, introduzindo novas técnicas de processamento digital.Apresentou na exposição de inauguração do Centro Cultural Telemar (hoje Oi Futuro) a instalação Dervixxx, com imagens dos dervishes de uma favela em Kabul, de grande impacto de público, e profunda imersão.         Uma nova versão desse trabalho foi apresentada no VideoBrasil de 2007, com projeções circulares, e saudada pelo crítico francês Jean-Paul Fargier como obra maior do vídeo contemporâneo. Dervixxx fazia parte de uma Trilogia Cognitiva, juntamente com duas outras instalações: Infinito Maleável nº 1 e A Ciência Cognitiva dos Corpos Gloriosos.Em 2006 ocupou a totalidade do espaço do Oi Futuro, os três andares e os vidros externos do prédio, com um conjunto de 12 instalações interligadas sob o título de Zooprismas. Esta exposição foi eleita pelo jornal O Globo como a melhor exposição do ano em artes plásticas do Rio de Janeiro.

 

Participou com salas especiais da ARCO 2007 Madrid (com a obra Madonas, fotografias do Afeganisitão) e da Feira de Arte de Basel, igualmente num projeto especial, onde estabeleceu um diálogo com a obra seminal de  Abraham Palatinik através de sua série de caixas de luz, ainda inédita, intitulada Série Suprema (homenagem a Malevitch)

 

Prepara atualmente um livro com mais de 400 imagens sobre sua experiência na Ásia Central, a ser lançado no início de 2008.

Trabalha com cinema, vídeo, fotografia instalações, música, poesia, desenho, além de ensaios e reflexões teóricas sobre o processo de criação e a natureza da imagem. Em todos os campos, Arthur Omar introduziu novas maneiras de pensar, e contribuições radicais a uma renovação das linguagens e das técnicas. Temas  como o êxtase estético, a violência sensorial e social e  a construção de metáforas visuais marcam toda sua obra, voltada para busca de uma nova iconografia da realidade brasileira. Documentário experimental, fotografia, videoarte, moda, filme de ficção, e videoinstalações, suas imagens migram e se transformam através dos meios, suportes, linguagens.

 

Sua produção contemporânea em vídeo traz metáforas visuais e relações inusitadas entre imagens e sons, como em “Atos do Diamante”, “Pânico Sutil”, “A Lógica do Êxtase” e o longa-metragem em vídeo “Sonhos e Histórias de Fantasmas”, com desdobramentos no campo das videoinstalações, suporte para o qual desenvolveu uma linguagem própria de forte impacto sensorial e marcada pela imersão do espectador (“Inferno”, “Fluxos”).

 

 

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