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Andreas Albrectsen, Cristina Salgado, Gabriela Machado, Lenora de Barros, Alexandre Vogler, Analu Cunha, Felipe Abdala, Giulia Puntel, Gustavo Torres, Melissa Stabile, Pedro Sánchez, Yan Copelli ARAGEM

Em 2019, o Projeto Verão foi criado para idealizar novas ativações no espaço físico junto com os artistas. Um trabalho coletivo no intuito de reforçar o que a arte nos proporciona - reflexões, sensações e propósito. A primeira edição foi um acontecimento importante na história da galeria.

A segunda edição tem o objetivo de trazer novos estímulos para todos, incentivando artistas, público e novos interessados a desenvolver uma relação mais afetuosa com a arte. O Projeto Verão é sempre um momento de experimentos na GAS, e agora, mais do que nunca, é essencial para trazer frescor e vitalidade à cena artística carioca.

DE 24.Fev.2021 A 15.Mai.2021

Leia o texto da Exposição

aragem

O Projeto Verão apresenta “Aragem” – uma exposição em parceira com artistas da galeria e novos artistas não vinculados a GAS. Uma mostra livre e com a possibilidade de inúmeros diálogos entre as produções desses artistas, sobrepondo novos olhares trazemos 8 novos artistas para dialogarem com 6 artistas representados pela GAS.

Nossa intenção é trazer novas energias para esse momento tão delicado no qual ainda nos encontramos. Queremos que todos se sintam seguros e à vontade para visitar a exposição - afinal, vocês fazem parte desse propósito conosco. Que a arte seja uma brisa e nos traga bons ares ao longo do ano.

 

Alexandre Vogler
As reticências contidas entre parêntesis na série (...), é um recurso ortográfico usado para assinalar a interrupção de discursos. As pinturas resultam de reflexões acerca de nossa condição de vulnerabilidade frente às questões maiores — de sobrevivência e manutenção de nossa espécie. Em um desdobramentos da série, Vogler apresenta um trabalh inédito tridimensional na galeria da pintura “Nave”.

Analu Cunha
Os filmes de Analu Cunha são pequenas janelas para um mundo imenso. Eles apresentam cenas criadas pela artista, mas que, de alguma maneira, já estavam lá, na vida, silenciosas porém pulsantes, à espera de um olhar. Trabalha como artista visual, curadora e pesquisadora, com ênfase na área da video-arte e dos elementos constitutivos do audiovisual: som, imagem e ritmo em suas implicações sociais e antropológicas.

Andreas Albrectsen
A série Fim (Revertido), são desenhos - produzidos em carvão - baseados nos títulos que encerram filmes do século 20, de diversos países e  idiomas. A seleção foi feita a partir de filmes produzidos durante regimes políticos opressores ou de forte censura ideológica. As imagens e palavras estão espelhadas - são lidas de trás para frente - e os desenhos foram feitos na primeira página de bloco de papel, sugerindo a ideia de um novo capítulo ou talvez, a repetição da história.

Cristina Salgado
Toda a obra de Cristina Salgado é trabalho pulsional. Trabalho do corpo, trabalho de memória no qual as pulsações do desejo elaboram-se na arte. Propõe que o imaginário da espectadora ou do espectador de seus trabalhos seja induzido a visualizações de fisionomias e anatomias instáveis e múltiplas - a partir dos redobramentos dos materiais e sua organização em estruturas razoavelmente claras em “cabeças”, “rostos” e “corpos”.

Felipe Abdala
“corpos delgados” é uma escultura em gesso realizada na galeria - um trabalho site specific. O trabalho foi concebido a partir de aspectos do próprio espaço, como o acabamento das paredes e vergalhões que pendiam do teto, em conjunto com uma ideia elementar do desenho, em que linhas constituem planos, para pensar acerca uma vontade emancipadora destas. Se essas linhas fossem corpos, como se movimentariam? Como se manifestariam suas vontades?

Felipe Barsuglia
“A partir de saltos mentais amplos — que vão da tradição da natureza morta à efemeridade das charges, do aspecto mais medidativo e místico do expressionismo abstrato ao que há de mais tosco na cultura de massa —, Barsuglia junta uma infinidade de fontes e referências que se engalfinham em fluxos de consciência tão livres quanto absurdos.” milanesa, Germano Dushá.

Gabriela Machado
Recentemente, a artista tem investigado materiais diversos como papéis e tecidos brilhantes em uma produção de colagens e sobreposições. As molduras trazem mais luz para as composições pictóricas e novos desdobramentos para a sua produção artística.

Giulia Puntel
As situações apenas insinuadas que surgem nas composições pictóricas de Giulia Puntel suspendem identidades e naturalizações fáceis. Os trabalhos partem de uma intenção, um desejo - a artista também se atenta ao lirismo dos sonhos, um espaço-tempo fantástico. As figuras distorcidas e criaturas sugestivas de suas telas hipnotizam quem as encontra.

Gustavo Torres
“Uma simples reconfiguração material de certos objetos pode dotá-los de novos conceitos, modificar preexistentes, torná-los mais complexos. Quando as coisas existem, elas existem, mas sempre podem existir de outra maneira. Perceber algo é diferente de perceber algo como algo, perceber algo como algo requer o reconhecimento de um conceito que sacode, mesmo que temporariamente, o objeto.

Lenora de Barros
A cerâmica surge numa série de pequenas esculturas intitulada Máscaras de Mão (2017) - cujo formato e escala se assemelham a luvas de boxe, mas também sugerem rostos desfigurados - encontram-se no primeiro andar da galeria. O processo para sua realização partiu de um insight da artista ao explorar a matéria por dentro, seu aspecto visceral - resultado à pressão da mão e dos dedos sobre a matéria. A série faz referencia a um poema escrito pela artista em 1972, “MEDO DA FORMAAMORFA”. O barro, nas mãos de Lenora de Barros, parece reverter a busca da linguagem.

Livia Flores
Trabalho de greve dá nome a uma série de esculturas e pinturas realizadas em 2012. Característica desta série é a utilização de um material – o cobertor cinza – que acumula muitos usos e sentidos, na vida como na arte. O material é portador de história e que condensa de forma espectral uma história de todos e de ninguém, anônima e comum, constituída pelos muitos fios das infinitas peças de roupa que algum dia já tocaram nossos corpos.

Melissa Stabile
Através de suas pesquisas; “Confortáveis” e “Narrativas Aéreas”, a artista propõe ao público uma experiência imersiva, uma pausa para um momento pessoal e hedonista. A Inicia o processo moldando as formas primárias da peça, num processo simbiótico com o material. A relação entre o observador e o objeto de arte é o cerne de seu trabalho.

Pedro Sánchez
A produção de Pedro Sanchéz envolve desenho, pintura e especialmente a técnica da xilogravura na qual apresenta através da publicação independente Cabuloza Wildlife desde 2013 - um trabalho minucioso e artesanal de anotações poéticas do cotidiano do artista. Sua produção
também permeia questões sobre apropriações culturais, espaciais e sígnicas – e giram em torno do arrastamento da gravura para o espaço urbano e cultural.

Yan Copelli
As investigações de Yan Copelli se desenrolam de modo interdisciplinar. Sejam mídias tradicionais ou digitais, suas obras abrem um campo de especulações sobre a ontologia dos objetos, trocando entre si os formatos, usos e significados comuns que artefatos decorativos e utilitários possuem na interação com os corpos a que enfeitam.