Afonso Tostes
Afonso Tostes
A obra de Afonso Tostes é amplamente influenciada pela natureza e cultura brasileiras, com um foco particular na relação do homem com o seu entorno, não apenas com o meio ambiente, mas também com as relações pessoais. Sua prática envolve a coleta de materiais encontrados, que sofreram a interferência da mão humana e do tempo, como troncos, galhos, remos, ferramentas e utensílios de trabalho, e a sua ressignificação como insumo para esculturas, instalações e pinturas que estimulam a reflexão. Tostes é conhecido por sua habilidade em manipular materiais diversos, de madeira a metal, para dar vida às suas visões artísticas. Sua obra tem sido celebrada por sua originalidade, profundidade conceitual e sensibilidade estética.
Estudou na Escola Guignard em Belo Horizonte e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Começou a sua pesquisa sobre formas orgânicas, inicialmente na pintura e depois na escultura. Expôs individualmente pela primeira vez em 1996, exibindo pinturas. Em 2000, sua pesquisa sobre "Perna de Três" recebeu bolsa pela RIO ARTE, levando-o a se dedicar à escultura. A partir daí, suas esculturas passaram a integrar instalações de grande porte, com madeira tornando-se seu principal material de trabalho. Realizou exposições individuais no MAC Niterói, em 2009; Museu da Casa Brasileira, em 2010; MAM Rio, em 2011; Casa França Brasil, em 2014 e Fundação Iberê Camargo, em 2023, entre outras. Participou de exposições coletivas importantes como a Bienal do Mercosul, em 2005, e "Nous les Arbres", na Fundação Cartier, em 2020. Sua obra faz parte do acervo de renomadas instituições públicas, incluindo MAM, Rio de Janeiro; MAM, Solar do Unhão, Salvador; MAC, Niterói; Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris; MAC, Paraná e acervo de arte brasileira SESC.